Astros Universais
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sábado, 6 de setembro de 2014
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
Irã lança com sucesso primeiro macaco vivo ao espaço.
A agência espacial iraniana confirmou que lançou com sucesso um macaco
vivo ao espaço, estabelecendo o que chamou de prelúdio para a colocação
de seres humanos na órbita da Terra até o ano de 2020. Segundo a
agência, o macaco retornou são e salvo para a Terra.

O experimento é o maior avanço do programa espacial iraniano, que tem
como objetivo o domínio completo da tecnologia espacial. O país já
lançou três satélites domésticos de telecomunicação e sensoriamento
remoto e atualmente é o nono país com capacidade de colocação de
satélites em órbita baixa e o sexto a enviar animais para o espaço.
A agência iraniana não deu maiores informações sobre o voo da cápsula Pishgam, que significa "pioneiro" em Farsi, mas sabe-se que foi um voo suborbital que atingiu 120 km de altitude e teve poucos minutos de duração, mas suficientes para validar a capacidade do país em colocar cargas vivas no espaço.
O viajante escolhido foi um macaco da espécie Rhesus (macaca Mullatta), um primata da família Cercopithecidae que habita as florestas temperadas da Índia, China e Afeganistão. Pelas suas características os rhesus são extensivamente estudados e usados em experiências laboratoriais, sendo que o fator sanguíneo Rh foi primeiro demonstrado em macacos dessa espécie.
Essa não é a primeira vez que o país faz experimentos em colocar animais
em órbita. Em janeiro de 2012 um foguete do tipo Saffir levou ao espaço
a cápsula Kavoshgar-3, tendo a bordo minhocas, um rato e duas
tartarugas. O ponto significativo foi que os animais também retornaram à
Terra em segurança, demonstrando que o país já detém, pelo menos
parcialmente, a capacidade de não apenas colocar as cargas vivas no
espaço, mas também a de retorna-las em segurança.
Apesar de o lançamento de seres vivos ao espaço exigir grandes investimentos em pesquisa, o voo suborbital do país islâmico é um sério problema para as autoridades ocidentais, já que os foguetes desenvolvidos para levar a cápsula ao espaço também poderiam ser utilizados para lançar mísseis balísticos, o que é negado pelo país.
No topo, macaco iraniano é apresentado á imprensa antes do voo suborbital. Acima, vídeo mostra detalhes do voo. Créditos: Telegraphtv, Al jazeera, Apolo11.com.

A agência iraniana não deu maiores informações sobre o voo da cápsula Pishgam, que significa "pioneiro" em Farsi, mas sabe-se que foi um voo suborbital que atingiu 120 km de altitude e teve poucos minutos de duração, mas suficientes para validar a capacidade do país em colocar cargas vivas no espaço.
O viajante escolhido foi um macaco da espécie Rhesus (macaca Mullatta), um primata da família Cercopithecidae que habita as florestas temperadas da Índia, China e Afeganistão. Pelas suas características os rhesus são extensivamente estudados e usados em experiências laboratoriais, sendo que o fator sanguíneo Rh foi primeiro demonstrado em macacos dessa espécie.
Apesar de o lançamento de seres vivos ao espaço exigir grandes investimentos em pesquisa, o voo suborbital do país islâmico é um sério problema para as autoridades ocidentais, já que os foguetes desenvolvidos para levar a cápsula ao espaço também poderiam ser utilizados para lançar mísseis balísticos, o que é negado pelo país.
No topo, macaco iraniano é apresentado á imprensa antes do voo suborbital. Acima, vídeo mostra detalhes do voo. Créditos: Telegraphtv, Al jazeera, Apolo11.com.
domingo, 19 de agosto de 2012
Quais as chances da Terra ser atingida por um cometa ou asteróide?
O impacto de um cometa ocorrido em julho de 2009 contra o planeta
Júpiter produziu em sua atmosfera uma enorme cicatriz do tamanho do
planeta Terra e trouxe novamente a questão sobre as consequências que um
choque desse tipo teria em nosso planeta.

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Segundo o cientista Donald Yeomans, ligado ao NEO, Programa de Objetos
Próximos à Terra, da Nasa, existe atualmente 784 grandes objetos com
tamanho superior a 1 quilômetro de diâmetro nas proximidades da Terra e
caso qualquer um deles atingisse nosso planeta as consequências seriam
catastróficas. "Basta ver o que aconteceu em Júpiter", disse Yeomans. "O
objeto que se chocou contra Júpiter tinha aproximadamente esse
tamanho".
No entanto, Yeomans lembra que as chances de que um desses grandes objetos atinjam a Terra é muito pequena, mas objetos menores também representam riscos e lembrou que devem existir mais de 100 grandes Neos (objetos próximos à Terra) que ainda não foram descobertos.
Baixo risco
Bilhões de anos atrás os impactos eram muito mais comuns. Nossa Lua, por exemplo, mantêm até hoje o registro desses choques na forma de crateras, enquanto na Terra as cicatrizes estão quase todas encobertas pelas intempéries e dinâmicas geológicas do planeta.

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Hoje em dia o sistema solar é menos congestionado que nos anos de sua
formação, mas os grandes planetas por terem mais massa atraem para si os
objetos errantes, como faz Júpiter e o Sol.
Atualmente, um dos objetos que mais chama a atenção dos cientistas é um asteróide de 130 metros de comprimento chamado 2007 VK184. Observações recentes sugerem que existe 1 chance em 2940 de que 2007 VK184 se choque contra a Terra nos próximos 50 anos. Segundo os cálculos, o impacto da rocha produziria energia equivalente a 150 milhões de toneladas de TNT, aproximadamente 8 mil vezes a bomba atômica lançada sobre Hiroshima em 1945.
Entretanto, de acordo com Yeomans, à medida que as observações são refinadas os modelos computacionais reduzem as probabilidades de impacto e em pouco tempo as chances de que 2007 VK184 atinja a Terra serão praticamente nulas.
Chances
No entender de Yeomans, o maior problema atual não são os asteróides já catalogados e sim os que ainda não foram descobertos. Os cientistas estimam que deve haver pelo menos 156 grandes objetos com mais de 1 quilômetro a serem descobertos.
Em média, a Terra é atingida por asteróides de 1 quilômetro a cada 500 mil anos e a cada 100 mil anos por objetos maiores que 500 metros. Para objetos menores a taxa de impacto aumenta para 700 anos para objetos de 50 metros e 140 anos para asteróides de até 30 metros. Objetos menores são praticamente incendiados durante a entrada na atmosfera, produzindo as chamadas bolas de fogo.
Impactos gigantescos, como o que pode ter acabado com os dinossauros há 60 milhões de anos são provocados por asteróides com mais de 10 quilômetros de diâmetro e ocorrem em média a cada 100 milhões de anos.
De todos os objetos próximos que podem cruzar a órbita da Terra, os maiores são o asteróide Sísifo, com 8 quilômetros de diâmetro e Toutatis, com 5.4 quilômetros.
Fotos: No topo, concepção artística mostra um hipotético choque contra a Terra. Acima, imagem de alta resolução feita no dia 23 de julho de 2009 pelo telescópio espacial Hubble mostra a cicatriz negra provocada pelo impacto de um objeto - provavelmente um cometa - contra a atmosfera de Júpiter no dia 19 de julho de 2009. Créditos: Apolo11.com/Esa/Nasa/Space Science Institute).

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No entanto, Yeomans lembra que as chances de que um desses grandes objetos atinjam a Terra é muito pequena, mas objetos menores também representam riscos e lembrou que devem existir mais de 100 grandes Neos (objetos próximos à Terra) que ainda não foram descobertos.
Baixo risco
Bilhões de anos atrás os impactos eram muito mais comuns. Nossa Lua, por exemplo, mantêm até hoje o registro desses choques na forma de crateras, enquanto na Terra as cicatrizes estão quase todas encobertas pelas intempéries e dinâmicas geológicas do planeta.

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Atualmente, um dos objetos que mais chama a atenção dos cientistas é um asteróide de 130 metros de comprimento chamado 2007 VK184. Observações recentes sugerem que existe 1 chance em 2940 de que 2007 VK184 se choque contra a Terra nos próximos 50 anos. Segundo os cálculos, o impacto da rocha produziria energia equivalente a 150 milhões de toneladas de TNT, aproximadamente 8 mil vezes a bomba atômica lançada sobre Hiroshima em 1945.
Entretanto, de acordo com Yeomans, à medida que as observações são refinadas os modelos computacionais reduzem as probabilidades de impacto e em pouco tempo as chances de que 2007 VK184 atinja a Terra serão praticamente nulas.
Chances
No entender de Yeomans, o maior problema atual não são os asteróides já catalogados e sim os que ainda não foram descobertos. Os cientistas estimam que deve haver pelo menos 156 grandes objetos com mais de 1 quilômetro a serem descobertos.
Em média, a Terra é atingida por asteróides de 1 quilômetro a cada 500 mil anos e a cada 100 mil anos por objetos maiores que 500 metros. Para objetos menores a taxa de impacto aumenta para 700 anos para objetos de 50 metros e 140 anos para asteróides de até 30 metros. Objetos menores são praticamente incendiados durante a entrada na atmosfera, produzindo as chamadas bolas de fogo.
Impactos gigantescos, como o que pode ter acabado com os dinossauros há 60 milhões de anos são provocados por asteróides com mais de 10 quilômetros de diâmetro e ocorrem em média a cada 100 milhões de anos.
De todos os objetos próximos que podem cruzar a órbita da Terra, os maiores são o asteróide Sísifo, com 8 quilômetros de diâmetro e Toutatis, com 5.4 quilômetros.
Fotos: No topo, concepção artística mostra um hipotético choque contra a Terra. Acima, imagem de alta resolução feita no dia 23 de julho de 2009 pelo telescópio espacial Hubble mostra a cicatriz negra provocada pelo impacto de um objeto - provavelmente um cometa - contra a atmosfera de Júpiter no dia 19 de julho de 2009. Créditos: Apolo11.com/Esa/Nasa/Space Science Institute).
sábado, 18 de agosto de 2012
Estudo mostra que o Sol é esfera mais perfeita da natureza
Que o Sol é uma bola redonda, todo mundo sabe. No entanto, por girar
muito rápido deveria ter o diâmetro equatorial maior que o polar, mas um
novo estudo mostra que isso não acontece, tornando nosso Sol o objeto
mais esférico já observado na natureza.

Por ser uma bola de gás em movimento de rotação muito forte, a região
mais próxima do equador solar deveria ser mais alongada que nos polos,
similar ao que acontece em Júpiter onde a alta taxa rotação (uma a cada
10 horas) faz o gigante gasoso ser quase 7% maior no equador do que nos
polos.
Agora, após diversos anos realizando medições do disco solar uma equipe de pesquisadores estadunidenses anunciou a primeira medição precisa da suposta protuberância equatorial e os resultados foram inesperados. De acordo com os resultados, o Sol não gera a protuberância esperada e a diferença entre o diâmetro polar e equatorial é de apenas 10 km.
Nossa estrela tem 1.4 milhões de quilômetros de diâmetro e se redimensionarmos suas medidas para o tamanho de uma bola de praia essa diferença não chegaria nem à largura de um fio de cabelo humano. "Nós ficamos chocados", disse o astrofísico Jeffrey Kuhn, ligado à Universidade do Havaí e autor do estudo publicado na revista Science.
Para termos uma ideia do que isso significa, apenas uma esfera artificial de silicone criada especialmente como padrão de pesos é conhecido por ser mais perfeita.
Anos de tentativas
Os resultados do trabalho é a culminação de mais de 50 anos de tentativas de medir o Sol com precisão, quase sempre prejudicadas pela presença da atmosfera da Terra, que distorcia as imagens. "Finalmente, conseguimos fazê-lo a partir do espaço", diz Kuhn.
Para realizar as medições a equipe de utilizou dados do satélite SDO, Laboratório de Dinâmica Solar, da Nasa, que precisou ser reorientado diversas vezes para registrar as mínimas variações da superfície da estrela.
As observações são fundamentais para a compreensão do interior do sol, que gira em velocidades diferentes da mesma forma que o tráfego em uma autoestrada. Esta distribuição assíncrona de velocidade pode ser inferida a partir das medições do formato da estrela e também do modo como ela oscila. A nova medição mostra que as camadas exteriores do Sol se movem mais lentamente do que o esperado, o que segundo Kuhn pode ser causado pela turbulência abaixo da superfície.
A equipe também procurou por mudanças na largura do Sol ao longo de um período de dois e que pudesse estar relacionada ao ciclo solar de 11 anos, mas descobriram que se essas variações estão lá, são muito pequenas para serem detectadas.
Kuhn avisa que novas surpresas podem estar escondidas, já que Sol muitas vezes confunde aqueles que tentam prever o seu comportamento. "Cada vez que observamos o Sol sentimos que fomos enganados. E isso é maravilhoso!", afirma Kuhn.
Foto: Imagem mostra o Sol em momento de uma forte tempestade ejetando ao espaço milhões de toneladas de gás. Crédito: NASA-ESA/SOHO, Apolo11.com

Agora, após diversos anos realizando medições do disco solar uma equipe de pesquisadores estadunidenses anunciou a primeira medição precisa da suposta protuberância equatorial e os resultados foram inesperados. De acordo com os resultados, o Sol não gera a protuberância esperada e a diferença entre o diâmetro polar e equatorial é de apenas 10 km.
Nossa estrela tem 1.4 milhões de quilômetros de diâmetro e se redimensionarmos suas medidas para o tamanho de uma bola de praia essa diferença não chegaria nem à largura de um fio de cabelo humano. "Nós ficamos chocados", disse o astrofísico Jeffrey Kuhn, ligado à Universidade do Havaí e autor do estudo publicado na revista Science.
Para termos uma ideia do que isso significa, apenas uma esfera artificial de silicone criada especialmente como padrão de pesos é conhecido por ser mais perfeita.
Anos de tentativas
Os resultados do trabalho é a culminação de mais de 50 anos de tentativas de medir o Sol com precisão, quase sempre prejudicadas pela presença da atmosfera da Terra, que distorcia as imagens. "Finalmente, conseguimos fazê-lo a partir do espaço", diz Kuhn.
Para realizar as medições a equipe de utilizou dados do satélite SDO, Laboratório de Dinâmica Solar, da Nasa, que precisou ser reorientado diversas vezes para registrar as mínimas variações da superfície da estrela.
As observações são fundamentais para a compreensão do interior do sol, que gira em velocidades diferentes da mesma forma que o tráfego em uma autoestrada. Esta distribuição assíncrona de velocidade pode ser inferida a partir das medições do formato da estrela e também do modo como ela oscila. A nova medição mostra que as camadas exteriores do Sol se movem mais lentamente do que o esperado, o que segundo Kuhn pode ser causado pela turbulência abaixo da superfície.
A equipe também procurou por mudanças na largura do Sol ao longo de um período de dois e que pudesse estar relacionada ao ciclo solar de 11 anos, mas descobriram que se essas variações estão lá, são muito pequenas para serem detectadas.
Kuhn avisa que novas surpresas podem estar escondidas, já que Sol muitas vezes confunde aqueles que tentam prever o seu comportamento. "Cada vez que observamos o Sol sentimos que fomos enganados. E isso é maravilhoso!", afirma Kuhn.
Foto: Imagem mostra o Sol em momento de uma forte tempestade ejetando ao espaço milhões de toneladas de gás. Crédito: NASA-ESA/SOHO, Apolo11.com
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
Astrônomos descobrem maior fábrica de estrelas do Universo
Utilizando dados do telescópio espacial Chandra, cientistas
estadunidenses encontraram evidências de que um único aglomerado esteja
criando cerca de 750 estrelas por ano. Essa é a maior taxa de nascimento
de estrelas já observada em um objeto desse tipo e supera de longe a
Via Láctea, que forma uma estrela a cada ano.

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Batizado de aglomerado Phoenix devido à sua localização dentro da
constelação de mesmo nome, o objeto tem chamado a atenção dos
especialistas não só pela alta taxa de nascimentos de estrelas, mas
também pelas suas propriedades eletromagnéticas, já que Phoenix é o
maior gerador de raios-x entre todos os aglomerados conhecidos.
Como outros aglomerados de galáxias, Phoenix também contém um vasto reservatório de hidrogênio aquecido, mas a quantidade é tão grande que supera toda a matéria das outras galáxias do aglomerado juntas.
Normalmente, um gás como o hidrogênio não produz emissão no comprimento de onda dos raios-x, mas isso muda quando comprimido absurdamente pela ação gravitacional. O gás se comprime tanto que aquece, produzindo comprimentos de onda cada vez menores até chegarem aos raios-x. Essa emissão é invisível aos nossos olhos, mas telescópios sensíveis a esse comprimento de onda, como o Chandra, podem detecta-los.

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Dentro do aglomerado, esse gás aquecido e resfriado ao longo do tempo
faz a matéria da região central fluir em direção ao interior, onde as
novas estrelas se formam.
Estas características da galáxia central podem ser vistas na concepção artística mostrada. Nela, o gás aquecido é visto em vermelho enquanto o material resfriado apresenta tons azulados. As faixas, similares a grandes tentáculos, são os fluxos de gás que se movem por milhares de anos-luz enquanto as estrelas recém-nascidas são identificadas na forma de pontinhos azulados.
Um close-up do centro da imagem óptica e ultravioleta vista acima, mostra que a galáxia central tem muito mais tons azuis do que as galáxias próximas do cluster, indicando a presença de inúmeras estrelas quentes e maciças ainda em estágio de formação.
Artes: No topo, concepção artística mostra a região central do aglomerado Phoenix, localizado a 5.7 bilhões de anos-luz da Terra. Acima, imagem real do aglomerado vista por três telescópios diferentes. As cores púrpuras foram captadas pelo telescópio de raios-x Chandra, enquanto imagens ópticas do telescópio Blanco, de 4 metros, são vistas em tons vermelhos, verdes e azuis, mescladas às do telescópio espacial ultravioleta Galaxy. Créditos: Nasa, AURA, M.Weiss , Apolo11.com.

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Como outros aglomerados de galáxias, Phoenix também contém um vasto reservatório de hidrogênio aquecido, mas a quantidade é tão grande que supera toda a matéria das outras galáxias do aglomerado juntas.
Normalmente, um gás como o hidrogênio não produz emissão no comprimento de onda dos raios-x, mas isso muda quando comprimido absurdamente pela ação gravitacional. O gás se comprime tanto que aquece, produzindo comprimentos de onda cada vez menores até chegarem aos raios-x. Essa emissão é invisível aos nossos olhos, mas telescópios sensíveis a esse comprimento de onda, como o Chandra, podem detecta-los.

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Estas características da galáxia central podem ser vistas na concepção artística mostrada. Nela, o gás aquecido é visto em vermelho enquanto o material resfriado apresenta tons azulados. As faixas, similares a grandes tentáculos, são os fluxos de gás que se movem por milhares de anos-luz enquanto as estrelas recém-nascidas são identificadas na forma de pontinhos azulados.
Um close-up do centro da imagem óptica e ultravioleta vista acima, mostra que a galáxia central tem muito mais tons azuis do que as galáxias próximas do cluster, indicando a presença de inúmeras estrelas quentes e maciças ainda em estágio de formação.
Artes: No topo, concepção artística mostra a região central do aglomerado Phoenix, localizado a 5.7 bilhões de anos-luz da Terra. Acima, imagem real do aglomerado vista por três telescópios diferentes. As cores púrpuras foram captadas pelo telescópio de raios-x Chandra, enquanto imagens ópticas do telescópio Blanco, de 4 metros, são vistas em tons vermelhos, verdes e azuis, mescladas às do telescópio espacial ultravioleta Galaxy. Créditos: Nasa, AURA, M.Weiss , Apolo11.com.

terça-feira, 25 de outubro de 2011
Sem núcleo, cometa Elenin reaparece em forma de nuvem
Após diversas tentativas mal sucedidas de detectar o
material remanescente do cometa Elenin, a primeira foto nítida do objeto já
começa a circular nos meios astronômicos. A cena mostra uma longa e tênue nuvem
de vapor entre as estrelas, comprovando a sublimação total do núcleo do cometa.

Clique para ver a animação
A imagem foi registrada no dia 22 de outubro de 2011 pelo observador de
satélites e astrônomo amador italiano Ronald Ligustri, que utilizou um dos
telescópios robóticos da rede mundial GRAS, instalado no Novo México. Para
captar o brilho quase invisível do cometa. Ligustri fez uma série de seis
imagens com 300 segundos de exposição cada uma e em seguida "empilhou" os frames
para obter uma única imagem.
O resultado mostra uma nuvem de fragmentos quase invisível na posição onde deveria estar o cometa, tendo ao lado a estrela variável HIP 37629, a sigma da constelação de gêmeos, vista na foto em tom avermelhado. Cálculos de brilho indicam que o material remanescente está próximo à magnitude 16, ainda menos intenso que o esperado.
A foto de Ligustri não deixa mais dúvidas que após a passagem pelo periélio, em 10 de setembro de 2011, Elenin teve seu núcleo esfacelado e foi totalmente pulverizado. No momento da foto o cometa estava a cerca de 40 milhões de quilômetros da Terra.

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O resultado mostra uma nuvem de fragmentos quase invisível na posição onde deveria estar o cometa, tendo ao lado a estrela variável HIP 37629, a sigma da constelação de gêmeos, vista na foto em tom avermelhado. Cálculos de brilho indicam que o material remanescente está próximo à magnitude 16, ainda menos intenso que o esperado.
A foto de Ligustri não deixa mais dúvidas que após a passagem pelo periélio, em 10 de setembro de 2011, Elenin teve seu núcleo esfacelado e foi totalmente pulverizado. No momento da foto o cometa estava a cerca de 40 milhões de quilômetros da Terra.

quinta-feira, 7 de julho de 2011
No fim de sua vida, estrela Betelgeuse ejeta material no espaço


Na imagem registrada pelo VLT vê-se com bastante clareza a nebulosa que envolve a estrela e que se estende por mais de 60 bilhões de quilômetros desde a superfície estelar, uma distância de 400 vezes a distância entre a Terra ao Sol.
Supergigantes vermelhas representam uma das últimas fases da vida de uma estrela de grande massa. Nesta fase a estrela aumenta de tamanho e expele as suas camadas exteriores para o espaço a uma taxa vertiginosa, que pode chegar ao equivalente a toda a massa do Sol em apenas 10 mil anos.
Ejeção
O processo pelo qual o material é ejetado envolve dois fenômenos diferentes. O primeiro corresponde à formação de enormes plumas de gás, menores que as mostradas na imagem, que se estendem no espaço a partir da superfície da estrela. Plumas desse tipo foram previamente detectadas pelo instrumento NACO (Nasmyth Adaptive Optics System), também montado no VLT. O outro, que é o motor da ejeção das plumas, é o movimento vertical vigoroso de bolhas gigantes presentes na atmosfera da estrela - semelhante àquela observada na água que ferve em uma panela.
No caso de Betelgeuse, não é possível ver no espectro visível a nebulosa formada, já que a estrela é tão brilhante que a ofusca completamente. Pra estudá-la os astrônomos utilizaram o instrumento VSIR, que registrou a cena no comprimento de onda do infravermelho.
O resultado mostra que as plumas observadas próximas à estrela estão provavelmente ligadas a estruturas na nebulosa exterior. Sua forma assimétrica e irregular indica que a estrela não ejetou material de forma simétrica. De acordo com os pesquisadores, as bolhas de material estelar e as plumas gigantes que estas bolhas criam podem ser responsáveis pelo aspecto nodoso da nebulosa.
O material visto na imagem é muito provavelmente composto de poeira de silicato e alumina. É o mesmo material que forma a maior parte da crosta da Terra e de outros planetas rochosos. Em determinada altura do passado distante, os silicatos da Terra foram formados por uma estrela extinta de grande massa semelhante à Betelgeuse.
Imagem
A imagem mostrada é um mosaico composto por dados de dois instrumentos. As observações anteriores das plumas obtidas com o instrumento NACO aparecem no disco central. O pequeno círculo vermelho no centro tem um diâmetro de cerca de quatro vezes e meia a órbita da Terra e representa a posição da superfície visível da Betelgeuse.
O disco negro corresponde à parte extremamente brilhante da imagem que teve que ser tapada para que a nebulosa mais tênue pudesse ser observada. As imagens VISIR foram obtidas através de filtros infravermelhos sensíveis a diferentes comprimentos de onda. Nela, o azul correspondente aos comprimentos de onda menores enquanto o vermelho aos maiores. O tamanho total do campo de visão é 5.63 X 5.63 segundos de arco.
Foto: Estrela supergigante vermelha Betelgeuse e nebulosa formada por material ejetado pela estrela, que se encontra na fase final de sua existência. Crédito: ESO/Apolo11.com.
Mapeamento geotécnico é insuficiente para prevenir catástrofes
As consequências dos desastres naturais do Brasil evidenciam cada vez mais, a fragilidade do país para lidar com o assunto. Hoje, apenas 3,4% dos municípios possuem cartas geotécnicas, um instrumento essencial para prevenir catástrofes naturais.

Segundo um levantamento do governo federal, 735 municípios em nove Estados brasileiros têm áreas com risco de deslizamento. Do total, apenas 25 dispõem de cartas geotécnicas dos morros e das encostas.
As cartas revelam aspectos fundamentais do problema e podem servir de base para a aplicação de ações das autoridades responsáveis. Em outras palavras, o mapeamento faz uma análise técnica do tipo de solo e das rochas, e da declividade das encostas de determinado local, além do comportamento do terreno frente a uma possível ocupação urbana, ficando mais fácil detectar os riscos reais da região.
É claro, que só o mapeamento detalhado de uma região não bastaria. Ele só serviria num trabalho conjunto com ações governamentais. De qualquer maneira é um bom começo no qual ainda estamos longe. “O Brasil não tem um levantamento completo, sistemático, permanente e os estudos de risco geológico são essenciais, são o principal instrumento de segurança”, explica o geólogo Renato Eugênio de Lima, diretor do Centro de Apoio Científico em Desastres da Universidade Federal do Paraná.
No verão deste ano, a região serrana do Rio de Janeiro foi cenário do pior desastre natural da história do Brasil. Mais de 900 pessoas morreram em deslizamentos de terra concentrados em Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto.
Até seria possível prever um caso como este, mas seriam necessários estudos, com equipamentos que medissem o aumento do volume de água no solo, as condições topográficas do terreno e as características do solo, defende Noris Costa Diniz, coordenadora de riscos de deslizamentos do Centro de Moni toramento e Alerta de Desastres Naturais do Ministério da Ciência e Tecnologia.
Atualmente, 60% das mortes em decorrência de desastres naturais no Brasil ocorrem em deslizamentos, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia.
Verão de 2012
A grande promessa para o próximo verão é de que 20 cidades brasileiras recebam o Sistema de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais. A ideia é que equipamentos envie informações sobre possíveis catástrofes com horas de antecedência, possibilitando a retirada de pessoas das áreas de risco. O Centro Nacional de Prevenção será implantado em Cachoeira Paulista, no Vale do Paraíba em São Paulo e o trabalho será feito em conjunto com outros órgãos, como a Defesa Civil Nacional.
Foto: região serrana do Rio de Janeiro registrada pelo satélite Terra no dia 18 de janeiro de 2011. Crédito: NASA/GSFC/METI/ERSDAC/JAROS, and U.S./Japan ASTER Science Team/ Apolo11.com.

As cartas revelam aspectos fundamentais do problema e podem servir de base para a aplicação de ações das autoridades responsáveis. Em outras palavras, o mapeamento faz uma análise técnica do tipo de solo e das rochas, e da declividade das encostas de determinado local, além do comportamento do terreno frente a uma possível ocupação urbana, ficando mais fácil detectar os riscos reais da região.
É claro, que só o mapeamento detalhado de uma região não bastaria. Ele só serviria num trabalho conjunto com ações governamentais. De qualquer maneira é um bom começo no qual ainda estamos longe. “O Brasil não tem um levantamento completo, sistemático, permanente e os estudos de risco geológico são essenciais, são o principal instrumento de segurança”, explica o geólogo Renato Eugênio de Lima, diretor do Centro de Apoio Científico em Desastres da Universidade Federal do Paraná.
No verão deste ano, a região serrana do Rio de Janeiro foi cenário do pior desastre natural da história do Brasil. Mais de 900 pessoas morreram em deslizamentos de terra concentrados em Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto.
Até seria possível prever um caso como este, mas seriam necessários estudos, com equipamentos que medissem o aumento do volume de água no solo, as condições topográficas do terreno e as características do solo, defende Noris Costa Diniz, coordenadora de riscos de deslizamentos do Centro de Moni toramento e Alerta de Desastres Naturais do Ministério da Ciência e Tecnologia.
Atualmente, 60% das mortes em decorrência de desastres naturais no Brasil ocorrem em deslizamentos, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia.
Verão de 2012
A grande promessa para o próximo verão é de que 20 cidades brasileiras recebam o Sistema de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais. A ideia é que equipamentos envie informações sobre possíveis catástrofes com horas de antecedência, possibilitando a retirada de pessoas das áreas de risco. O Centro Nacional de Prevenção será implantado em Cachoeira Paulista, no Vale do Paraíba em São Paulo e o trabalho será feito em conjunto com outros órgãos, como a Defesa Civil Nacional.
Foto: região serrana do Rio de Janeiro registrada pelo satélite Terra no dia 18 de janeiro de 2011. Crédito: NASA/GSFC/METI/ERSDAC/JAROS, and U.S./Japan ASTER Science Team/ Apolo11.com.

Sonda registra nascer do Sol no interior de cratera lunar
Sem dúvida, uma das primeiras coisas que fazemos quando compramos nosso primeiro telescópio é observar a Lua. E o principal alvo é a cratera Tycho. É uma visão impressionante e reveladora, mas uma observação mais detalhada pode mostrar cenas ainda mais interessantes, como essa obtida pela sonda lunar LRO.

Clique para ampliar A imagem foi obtida no dia 10 de junho de 2011 e mostra um complexo de montanhas localizado no interior da cratera Tycho, em sua região central.
Devido aos raios oblíquos do nascer do Sol, as sombras das montanhas se estendem por vários quilômetros dentro da cratera e contribuem ainda mais para o efeito dramático da cena.
Para ter uma ideia, a largura da montanha vista nesta imagem é de cerca de 9 quilômetros e seu pico eleva-se a mais de 2 mil metros de altitude desde a base de Tycho.
Cratera
Localizada no planalto sul lunar, Tycho é uma cratera de impacto com 86 quilômetros de largura e 4.8 quilômetros de profundidade.

Clique para ampliar Vista da Terra, a cratera é bastante clara e rodeada de inúmeros raios produzidos pela intensa ejeção de material do solo lunar que ocorreu após sua formação.
Baseado em fragmentos coletados pela missão Apollo 17 em dezembro de 1972, estima-se que Tycho tenha 106 milhões de anos de idade, o que sugere que o impactador seja membro da família de asteroides Baptistina. Como a composição do asteroide ainda é desconhecida, essa possibilidade ainda não pode ser comprovada. No entanto, estudos indicam que existem 70% de possibilidades da cratera ter sido criada pelo mesmo fragmento que deu origem ao asteroide 298 Baptistina, uma grande rocha da mesma família do asteroide responsável pela formação da cratera de Chicxulub, que há 65 milhões de anos supostamente causou a extinção dos dinossauros na Terra.
Mapa da Lua. Observe e saiba o que está vendo!
Fotos: Duas cenas da cratera Tycho registradas pela sonda LRO (Lunar Reconnaissance Orbiter), da Nasa. No topo, sombras produzidas pelos raios solares no interior da cratera. Na sequência, a cratera Tycho, com 86 km de largura. Créditos: Nasa/LRO/Apolo11.com.

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Devido aos raios oblíquos do nascer do Sol, as sombras das montanhas se estendem por vários quilômetros dentro da cratera e contribuem ainda mais para o efeito dramático da cena.
Para ter uma ideia, a largura da montanha vista nesta imagem é de cerca de 9 quilômetros e seu pico eleva-se a mais de 2 mil metros de altitude desde a base de Tycho.
Cratera
Localizada no planalto sul lunar, Tycho é uma cratera de impacto com 86 quilômetros de largura e 4.8 quilômetros de profundidade.

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Baseado em fragmentos coletados pela missão Apollo 17 em dezembro de 1972, estima-se que Tycho tenha 106 milhões de anos de idade, o que sugere que o impactador seja membro da família de asteroides Baptistina. Como a composição do asteroide ainda é desconhecida, essa possibilidade ainda não pode ser comprovada. No entanto, estudos indicam que existem 70% de possibilidades da cratera ter sido criada pelo mesmo fragmento que deu origem ao asteroide 298 Baptistina, uma grande rocha da mesma família do asteroide responsável pela formação da cratera de Chicxulub, que há 65 milhões de anos supostamente causou a extinção dos dinossauros na Terra.
Mapa da Lua. Observe e saiba o que está vendo!
Fotos: Duas cenas da cratera Tycho registradas pela sonda LRO (Lunar Reconnaissance Orbiter), da Nasa. No topo, sombras produzidas pelos raios solares no interior da cratera. Na sequência, a cratera Tycho, com 86 km de largura. Créditos: Nasa/LRO/Apolo11.com.

terça-feira, 5 de julho de 2011
Aquecimento Global: 2010 foi segundo ano mais quente da história
Dados divulgados por quatro grandes centros de pesquisa climática do mundo mostram que 2010 foi o segundo ano mais quente da história, ficando atrás apenas do ano de 2005. O resultado é considerado uma surpresa, já que a presença de fenômenos naturais de grande escala como La Niña, erupções vulcânicas e baixa atividade solar deveriam trazer as temperaturas para baixo, mas isso não aconteceu.

A análise foi feita por quatro instituições diferentes que estudam as mudanças climáticas: os norte-americanos Instituto Goddard para Estudos Espaciais, da Nasa (GISS) e Centro Nacional de Dados Climáticos (NOAA-NCDC), a Agência Meteorológica Japonesa e o Escritório Nacional de Meteorologia do Reino Unido (Met Ofice).
De acordo com James Hansen, diretor do GISS, da Nasa, a diferença de temperatura entre 2005 e 2010 é de apenas 0.01°C, um valor tão pequeno que não pode ser distinguido, dadas as incertezas dos cálculos.
Enquanto isso, o ano de 2009, o terceiro mais quente da história, está praticamente empatado com 1998, 2002, 2003, 2006 e 2007, com a diferença máxima entre os anos de apenas 0,03 °C.
Tendência
Apesar de ser um ano de temperatura recorde, a análise das temperaturas precisa ser vista em um contexto mais amplo. "Certamente, é interessante notar que 2010 foi muito quente, mas muito mais importante do que o ranking de um determinado ano são as tendências de longo prazo". disse Hansen.
Um dos problemas quando se focaliza o recorde anual ao invés da tendência de longo prazo é que os recordes individuais muitas vezes diferem das análises feitas por cada instituto, uma situação que pode gerar confusão.
Por exemplo, enquanto o GISS classificava o ano de 2005 como o mais quente, o Met Office creditava esse recorde a 1998. A discrepância ajudou a alimentar a percepção equivocada de que as conclusões dos três grupos variavam drasticamente ou que continham grandes quantidades de incerteza. Além disso, também ajudou a fomentar a ideia de que o aquecimento global parou em 1998.
"Na realidade, nada poderia estar mais longe da verdade", disse Hansen. "As temperaturas globais têm continuado a subir acentuadamente de forma constante".
De acordo com Reto Ruedy, também ligado ao GISS, os registros oficiais podem variar ligeiramente devido às diferenças sutis na forma como os dados são analisados, mas o resultado final entre os grupos concorda extraordinariamente bem para as tendências de longo prazo.
Todos os institutos mostram picos e vales que variam sincronicamente desde 1880 e apresentam um aquecimento bastante rápido principalmente nas últimas décadas.
Para 2011 é possível que os valores finais fiquem abaixo de 2010, ainda devido aos efeitos tardios do La Niña, atividades vulcânicas ou baixa atividade solar, mas devem ser vistos sempre dentro do contexto de longo prazo e não como indicações de tendência imediata.
Arte: o gráfico mostra o resultado de dados compilados desde 1880 por quatro dos maiores institutos de análises climáticas. O resultado varia pouco entre as instituições e mostram valores crescentes de temperatura principalmente nas últimas décadas. Crédito: NASA/GISS/Apolo11.com.

De acordo com James Hansen, diretor do GISS, da Nasa, a diferença de temperatura entre 2005 e 2010 é de apenas 0.01°C, um valor tão pequeno que não pode ser distinguido, dadas as incertezas dos cálculos.
Enquanto isso, o ano de 2009, o terceiro mais quente da história, está praticamente empatado com 1998, 2002, 2003, 2006 e 2007, com a diferença máxima entre os anos de apenas 0,03 °C.
Tendência
Apesar de ser um ano de temperatura recorde, a análise das temperaturas precisa ser vista em um contexto mais amplo. "Certamente, é interessante notar que 2010 foi muito quente, mas muito mais importante do que o ranking de um determinado ano são as tendências de longo prazo". disse Hansen.
Um dos problemas quando se focaliza o recorde anual ao invés da tendência de longo prazo é que os recordes individuais muitas vezes diferem das análises feitas por cada instituto, uma situação que pode gerar confusão.
Por exemplo, enquanto o GISS classificava o ano de 2005 como o mais quente, o Met Office creditava esse recorde a 1998. A discrepância ajudou a alimentar a percepção equivocada de que as conclusões dos três grupos variavam drasticamente ou que continham grandes quantidades de incerteza. Além disso, também ajudou a fomentar a ideia de que o aquecimento global parou em 1998.
"Na realidade, nada poderia estar mais longe da verdade", disse Hansen. "As temperaturas globais têm continuado a subir acentuadamente de forma constante".
De acordo com Reto Ruedy, também ligado ao GISS, os registros oficiais podem variar ligeiramente devido às diferenças sutis na forma como os dados são analisados, mas o resultado final entre os grupos concorda extraordinariamente bem para as tendências de longo prazo.
Todos os institutos mostram picos e vales que variam sincronicamente desde 1880 e apresentam um aquecimento bastante rápido principalmente nas últimas décadas.
Para 2011 é possível que os valores finais fiquem abaixo de 2010, ainda devido aos efeitos tardios do La Niña, atividades vulcânicas ou baixa atividade solar, mas devem ser vistos sempre dentro do contexto de longo prazo e não como indicações de tendência imediata.
Arte: o gráfico mostra o resultado de dados compilados desde 1880 por quatro dos maiores institutos de análises climáticas. O resultado varia pouco entre as instituições e mostram valores crescentes de temperatura principalmente nas últimas décadas. Crédito: NASA/GISS/Apolo11.com.

Lixo espacial: pela segunda vez astronautas abandonam a ISS
Pela segunda vez em dois anos, os astronautas a bordo da Estação Espacial tiveram que abandonar a segurança da nave e se refugiarem no interior de uma das cápsulas de emergência. O motivo foi a possibilidade de choque da ISS com uma peça de lixo espacial, que poderia avariar seriamente o complexo espacial.

De acordo com a Agência Espacial Europeia, ESA, não se pode afirmar com segurança qual o tipo de peça, mas devido à altitude era provavelmente parte de um foguete propulsor ou fragmentos da colisão entre os satélites Iridium e Cosmos ocorrida em 2009.
Segundo a Nasa, agência espacial americana, o fato da peça ter sido detectada por radar indica que tenha mais de 10 centímetros de comprimento. Ainda de acordo com a instituição, a distância entre o fragmento e o complexo orbital foi estimada em 335 metros, mas não deu maiores informações sobre a velocidade relativa entre eles.
Os astronautas permaneceram no módulo salva-vidas por cerca de duas horas, quando então foram informados que não haveria riscos de colisão.
Riscos
A blindagem externa da Estação espacial Internacional, ISS, pode resistir a impactos de objetos de até 2 centímetros, mas o aumento de incidentes espaciais nos últimos anos fez crescer a possibilidade de choques com fragmentos bem maiores, chegando a 1 chance em 100 a cada seis meses.

A Nasa estima que existem pelo menos 20 mil peças maiores que 10 centímetros de largura orbitando a Terra e pelo menos 500 mil fragmentos maiores que uma bola de gude. Dependendo da velocidade relativa entre os objetos e a ISS, o choque pode romper a blindagem da nave e provocar sérios danos à nave ou à tripulação.
Desde 1999 a ISS já fez doze manobras para evitar colisões com restos de lixo espacial, incluindo uma em abril de 2011, quando o laboratório precisou desviar de um fragmento gerado pela colisão entre os satélites Iridium, dos EUA e Cosmos, da Rússia.
Apesar dos grandes pedaços de lixo espacial serem altamente nocivos à ISS, os pequenos objetos também causam grandes preocupações. Pedaços de poucos milímetros podem ser mortais se perfurarem trajes espaciais ou romperem suprimentos de oxigênio durante atividades extraveiculares, EVA.
Estima-se que a colisão entre satélites em 2009 gerou pelo menos 2 mil peças de lixo espacial, que continuam a circular a Terra em órbitas cada vez mais baixas, muitos deles ainda na mesma altitude da ISS. Em 2007, a explosão proposital de um satélite chinês adicionou ao espaço mais 3 mil fragmentos.
Artes: No topo, a grandiosidade da Estação Espacial Internacional, a 350 km acima da Terra. Na sequência, fragmentos orbitais em diversas altitudes. O anel externo é a zona dos satélites geoestacionários, conhecida como Cinturão de Clarke. Crédito: NASA Orbital Debris Program Office/Apolo11.com.

Segundo a Nasa, agência espacial americana, o fato da peça ter sido detectada por radar indica que tenha mais de 10 centímetros de comprimento. Ainda de acordo com a instituição, a distância entre o fragmento e o complexo orbital foi estimada em 335 metros, mas não deu maiores informações sobre a velocidade relativa entre eles.
Os astronautas permaneceram no módulo salva-vidas por cerca de duas horas, quando então foram informados que não haveria riscos de colisão.
Riscos
A blindagem externa da Estação espacial Internacional, ISS, pode resistir a impactos de objetos de até 2 centímetros, mas o aumento de incidentes espaciais nos últimos anos fez crescer a possibilidade de choques com fragmentos bem maiores, chegando a 1 chance em 100 a cada seis meses.

Desde 1999 a ISS já fez doze manobras para evitar colisões com restos de lixo espacial, incluindo uma em abril de 2011, quando o laboratório precisou desviar de um fragmento gerado pela colisão entre os satélites Iridium, dos EUA e Cosmos, da Rússia.
Apesar dos grandes pedaços de lixo espacial serem altamente nocivos à ISS, os pequenos objetos também causam grandes preocupações. Pedaços de poucos milímetros podem ser mortais se perfurarem trajes espaciais ou romperem suprimentos de oxigênio durante atividades extraveiculares, EVA.
Estima-se que a colisão entre satélites em 2009 gerou pelo menos 2 mil peças de lixo espacial, que continuam a circular a Terra em órbitas cada vez mais baixas, muitos deles ainda na mesma altitude da ISS. Em 2007, a explosão proposital de um satélite chinês adicionou ao espaço mais 3 mil fragmentos.
Artes: No topo, a grandiosidade da Estação Espacial Internacional, a 350 km acima da Terra. Na sequência, fragmentos orbitais em diversas altitudes. O anel externo é a zona dos satélites geoestacionários, conhecida como Cinturão de Clarke. Crédito: NASA Orbital Debris Program Office/Apolo11.com.

Astrônomos brasileiros descobrem mais 10 planetas extra-solares
Chega a 564 o número de planetas extra-solares já descobertos e à medida que os instrumentos se tornam mais precisos e as pesquisas aumentam, novos objetos são encontrados. Do total, pelo menos 10 novos planetas foram descobertos recentemente por pesquisadores brasileiros, que agora se dedicam a estudar os novos astros.

Trabalhando com dados registrados pelo satélite franco-brasileiro Corot, uma equipe de cientistas brasileiros liderada pelo astrofísico Sylvio Ferraz Mello, ligado ao Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo, IAG, localizou dez novos objetos relativamente próximos ao Sistema Solar, a maioria a poucas dezenas de anos-luz de distância. Os novos planetas foram batizados de CoRoT-16b até 24b e 24c.
De acordo com o pesquisador, a análise de CoRoT-16b é uma das mais completas e revela um planeta gigante, com o mesmo raio de Júpiter e com período orbital bastante curto, mas de massa duas vezes menor que o gigante gasoso.
CoRoT-16b descreve sua órbita em 5.3 dias ao redor de uma estrela ligeiramente maior que o Sol, com 6.7 bilhões de anos de idade, localizada a cerca de 2 mil anos-luz da Terra. No entanto, o planeta apresenta uma órbita bastante excêntrica, o que é incomum para um planeta de tal de idade e tão próximo de sua estrela, mas que segundo o pesquisador está se tornando cada vez mais circular devido aos efeitos de maré.
Um dos objetos que mais tem tomado tempo dos cientistas é CoRoT-22b, um planeta aparentemente gasoso com 0.62 do raio de Saturno, mas com metade de sua massa. "Estou bastante entusiasmado e passei o final de semana todo estudando o planeta”, revela Mello. “Ele é interessante por possuir uma órbita elíptica, o que significa que será possível estudar a sua maré”.
Da mesma forma que a gravidade da Lua exerce efeito sobre as marés na Terra, as primeiras observações indicam CoRoT-22b também detém grande quantidade de uma substância em estado líquido em seu interior. Segundo Mello, quando há essa espécie de oceano em um planeta localizado perto da sua estrela, com o passar dos milhares de anos, a órbita tende a deixar de ser elíptica para se tornar circular devido à força da gravidade. No caso de CoRoT-22b, a maré não foi suficiente para tornar circular sua orbita e um dos desafios será descobrir o porquê.
Participação brasileira
O satélite euro-brasileiro CoRoT é uma missão liderada pela Agência Espacial Francesa, CNES, e foi concebida para detectar os planetas além do Sistema Solar.

O Brasil participa da missão com direitos iguais aos dos parceiros europeus, em uma união que se revelou bastante frutífera. Em fevereiro de 2009 os cientistas brasileiros tiveram papel fundamental em algumas das descobertas mais importantes da missão, como a revelação de CoRoT-7b, a primeira super-Terra já encontrada, composta por rochas e água em forma de vapor.
Com aproximadamente 1.7 vezes o diâmetro da Terra, CoRoT-7b é o menor planeta extra-solar já descoberto. O objeto se localiza a 490 anos-luz do Sol e sua temperatura é de cerca de 1.000 °C, com volume 49 vezes maior que nosso planeta e massa 8 vezes superior.
Fotos: No topo, concepção artística mostra o exoplaneta CoRoT-16b orbitando sua estrela-mãe a 2 mil anos-luz da Terra. Acima, comparação entre a super-Terra CoRoT-7b e nosso planeta. Crédito: ESA/CNES/Fapesp/Apolo11.com.

De acordo com o pesquisador, a análise de CoRoT-16b é uma das mais completas e revela um planeta gigante, com o mesmo raio de Júpiter e com período orbital bastante curto, mas de massa duas vezes menor que o gigante gasoso.
CoRoT-16b descreve sua órbita em 5.3 dias ao redor de uma estrela ligeiramente maior que o Sol, com 6.7 bilhões de anos de idade, localizada a cerca de 2 mil anos-luz da Terra. No entanto, o planeta apresenta uma órbita bastante excêntrica, o que é incomum para um planeta de tal de idade e tão próximo de sua estrela, mas que segundo o pesquisador está se tornando cada vez mais circular devido aos efeitos de maré.
Um dos objetos que mais tem tomado tempo dos cientistas é CoRoT-22b, um planeta aparentemente gasoso com 0.62 do raio de Saturno, mas com metade de sua massa. "Estou bastante entusiasmado e passei o final de semana todo estudando o planeta”, revela Mello. “Ele é interessante por possuir uma órbita elíptica, o que significa que será possível estudar a sua maré”.
Da mesma forma que a gravidade da Lua exerce efeito sobre as marés na Terra, as primeiras observações indicam CoRoT-22b também detém grande quantidade de uma substância em estado líquido em seu interior. Segundo Mello, quando há essa espécie de oceano em um planeta localizado perto da sua estrela, com o passar dos milhares de anos, a órbita tende a deixar de ser elíptica para se tornar circular devido à força da gravidade. No caso de CoRoT-22b, a maré não foi suficiente para tornar circular sua orbita e um dos desafios será descobrir o porquê.
Participação brasileira
O satélite euro-brasileiro CoRoT é uma missão liderada pela Agência Espacial Francesa, CNES, e foi concebida para detectar os planetas além do Sistema Solar.

Com aproximadamente 1.7 vezes o diâmetro da Terra, CoRoT-7b é o menor planeta extra-solar já descoberto. O objeto se localiza a 490 anos-luz do Sol e sua temperatura é de cerca de 1.000 °C, com volume 49 vezes maior que nosso planeta e massa 8 vezes superior.
Fotos: No topo, concepção artística mostra o exoplaneta CoRoT-16b orbitando sua estrela-mãe a 2 mil anos-luz da Terra. Acima, comparação entre a super-Terra CoRoT-7b e nosso planeta. Crédito: ESA/CNES/Fapesp/Apolo11.com.

sexta-feira, 24 de junho de 2011
Telescópio Chandra registra buracos negros no início do Universo
Utilizando imagens captadas pelo telescópio espacial Chandra, no espectro dos raios-x, cientistas da Nasa encontraram evidência direta de que os buracos negros supermaciços já eram comuns no início do universo. Segundo os pesquisadores, esta descoberta mostra que os buracos negros muito jovens cresceram de forma mais agressiva do que se pensava, em paralelo ao crescimento de suas galáxias.

A descoberta foi feita após seis semanas de coleta de dados de uma única região do céu, chamada agora de CDFS (Chandra Deep Field South ou Campo Profundo Sul). Posteriormente, as cenas foram combinadas com imagens ópticas e infravermelhas captadas pelo telescópio espacial Hubble, o que permitiu aos cientistas procurarem por buracos negros em mais de 200 galáxias existentes quando o Universo tinha entre 800 e 950 milhões de anos.
De acordo com Ezequiel Treister, ligado à Universidade do Havaí e principal autor do estudo, a existência desses objetos nas galáxias primordiais era desconhecida, mas as novas descobertas mostraram uma nova realidade. "Agora sabemos que eles estão lá e estão crescendo a todo o vapor", disse Treister.
Ao que tudo indica, o crescimento em grande escala significa que os buracos negros na região do CDFS são versões menos extremas e poderosas dos quasares. No entanto, as fontes emissoras no CDFS são cerca de uma centena de vezes mais fracas, além de que os buracos negros são cerca de mil vezes menos maciços que os quasares.

Quasar é um objeto astronômico distante, altamente luminosos e poderosamente energético, dotado de um núcleo galáctico ativo. Seu tamanho é maior que o de uma estrela, porém menor do que o mínimo para ser considerado uma galáxia.
População Crescente
O estudo demonstrou que entre 30% e 100% das galáxias distantes contêm buracos negros supermassivos em crescimento. Se extrapolarmos para todo o céu os resultados obtidos a partir do pequeno campo observado pelo Chandra, havia pelo menos 30 milhões de buracos negros supermaciço no início do universo. Esse número é 10 mil vezes maior que a quantidade de quasares estimados no universo primordial.
"Parece que encontramos toda uma população nova de buracos negros bebês", disse o coautor do estudo Kevin Schawinski, da Universidade de Yale. "Acreditamos que esses bebês recém-descobertos vão crescer por um fator de cem ou mil e se tornarão como os buracos negros gigantes que vemos hoje em dia, quase 13 bilhões de anos depois".
A população de jovens buracos negros existentes no início do Universo já havia sido prevista matematicamente, mas nunca observada. Os cálculos atuais mostram que o fator de crescimento dos objetos descobertos pela equipe de pesquisadores é cerca de uma centena de vezes maior que estimativas anteriores.
Estatística
O telescópio espacial Chandra é capaz de detectar objetos extremamente fracos a grandes distâncias, mas os buracos negros observados são tão esmaecidos que os poucos fótons que conseguem escapar não poderiam ser individualmente registrados. Para contornar essa limitação a equipe de cientistas usou uma técnica baseada na capacidade que o telescópio tem em determinar com precisão a direção de pequenas emissões de raios-x, que somadas permitem localizar estatisticamente a posição da fonte emissora.
Fotos: No topo, imagem composta por dados captados pelo telescópio espacial Chandra, no espectro de raios-x e imagens ópticas e infravermelhas registradas pelo telescópio espacial Hubble. Acima, concepção artística mostra o esquema de um buraco negro supermaciço em crescimento. Créditos: NASA/CXC/U.Hawaii/E.Treist/Apolo11.com.

http://www.apolo11.com/

De acordo com Ezequiel Treister, ligado à Universidade do Havaí e principal autor do estudo, a existência desses objetos nas galáxias primordiais era desconhecida, mas as novas descobertas mostraram uma nova realidade. "Agora sabemos que eles estão lá e estão crescendo a todo o vapor", disse Treister.
Ao que tudo indica, o crescimento em grande escala significa que os buracos negros na região do CDFS são versões menos extremas e poderosas dos quasares. No entanto, as fontes emissoras no CDFS são cerca de uma centena de vezes mais fracas, além de que os buracos negros são cerca de mil vezes menos maciços que os quasares.

População Crescente
O estudo demonstrou que entre 30% e 100% das galáxias distantes contêm buracos negros supermassivos em crescimento. Se extrapolarmos para todo o céu os resultados obtidos a partir do pequeno campo observado pelo Chandra, havia pelo menos 30 milhões de buracos negros supermaciço no início do universo. Esse número é 10 mil vezes maior que a quantidade de quasares estimados no universo primordial.
"Parece que encontramos toda uma população nova de buracos negros bebês", disse o coautor do estudo Kevin Schawinski, da Universidade de Yale. "Acreditamos que esses bebês recém-descobertos vão crescer por um fator de cem ou mil e se tornarão como os buracos negros gigantes que vemos hoje em dia, quase 13 bilhões de anos depois".
A população de jovens buracos negros existentes no início do Universo já havia sido prevista matematicamente, mas nunca observada. Os cálculos atuais mostram que o fator de crescimento dos objetos descobertos pela equipe de pesquisadores é cerca de uma centena de vezes maior que estimativas anteriores.
Estatística
O telescópio espacial Chandra é capaz de detectar objetos extremamente fracos a grandes distâncias, mas os buracos negros observados são tão esmaecidos que os poucos fótons que conseguem escapar não poderiam ser individualmente registrados. Para contornar essa limitação a equipe de cientistas usou uma técnica baseada na capacidade que o telescópio tem em determinar com precisão a direção de pequenas emissões de raios-x, que somadas permitem localizar estatisticamente a posição da fonte emissora.
Fotos: No topo, imagem composta por dados captados pelo telescópio espacial Chandra, no espectro de raios-x e imagens ópticas e infravermelhas registradas pelo telescópio espacial Hubble. Acima, concepção artística mostra o esquema de um buraco negro supermaciço em crescimento. Créditos: NASA/CXC/U.Hawaii/E.Treist/Apolo11.com.

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domingo, 12 de junho de 2011
Alinhamento... Sol, Lua, Terra e Centro da Galaxia
Alinhamento Galáctico
Sites para você acompanhar a Astronomia, Astrologia, etc
Uma boa opção é o Apolo 11:
http://www.apolo11.com/
Outro é o Painel Global:
http://www.painelglobal.com.br/
Um ótimo é o CNA Centro Nacional de Astrologia:
http://cnastrologia.org.br/site/
http://www.apolo11.com/
Outro é o Painel Global:
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Um ótimo é o CNA Centro Nacional de Astrologia:
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Astronomia: Saiba tudo sobre a aproximação do cometa Elenin
Nos últimos dias recebemos diversos emails a respeito da aproximação do cometa Elenin C/2010 X1, nos questionando sobre quando o objeto poderá ser visto ou se representa alguma ameaça de colisão com a Terra. Para sanar essas e outras dúvidas preparamos este artigo, que ajudará você na observação do cometa.

Clique para Ampliar Batizado oficialmente de C/2010 X1, o cometa Elenin foi descoberto em 10 de dezembro de 2010 pelo astrônomo russo Leonid Elenin, através de um dos telescópios robóticos do International Scientific Optical Network, instalado no Novo México, EUA. A órbita do cometa Elenin é de 11.700 anos e de acordo com os dados keplerianos mais recentes o cometa atingirá o ponto de maior aproximação com nosso planeta em 16 de outubro de 2011, quando passará a mais de 34 milhões de km da Terra.
Devido à enorme distância, não existe qualquer possibilidade de risco de colisão. Além disso, por ser um objeto de pequena massa, Elenin não provocará qualquer efeito gravitacional nos objetos do Sistema Solar.

Clique para Ampliar Quando foi descoberto, Elenin era um objeto muito tênue e apresentava magnitude aparente de 19.5, cerca de 150 mil vezes menos brilhante que o limiar da visão humana. Entretanto, à medida que se aproxima seu brilho aumenta.
Inicialmente, os pesquisadores estimavam que seu brilho máximo chegaria a 4.5 magnitudes, o que permitiria que fosse visto facilmente durante as madrugadas. No entanto, estimativas recentes mostram que o cometa não será tão brilhante como calculado e somente poderá ser visto com auxílio de lunetas e telescópios, mesmo de pequeno porte.
É importante lembrar que os cometas são muito imprevisíveis e podem apresentar comportamentos bastante bizarros à medida que se aproximam do Sol. Entre os fenômenos já observados está o outburst, quando repentinamente se rompem e produzem inúmeros fragmentos brilhantes. Além disso, devido à pressão do vento solar a cauda cometária também pode variar muito de tamanho.
Observando
Para observar o cometa Elenin, tudo que você precisará será de um pequeno binóculo ou telescópio, além de um campo de visão desobstruído na direção do quadrante oeste, ou seja, do lado que o Sol se põe. Como explicado, a partir de julho o cometa já poderá ser visto ainda que com pouco brilho, que aumentará lentamente até setembro.
Ilustrações: No topo, imagem do cometa C/2010 X1 Elenin registrada em 8 de abril de 2011 pelo astrônomo amador Gustavo Muller, a partir do Observatório de Nazaret, nas Ilhas Canárias. No momento da image Elenin se encontrava a 280 milhões de km de distância e apresentava brilho de magnitude 13.8. No detalhe da foto vemos o cálculo da extensão do cometa, de 27.4 arco-segundos. Na sequência, diagrama da órbita cometária mostrando as diversas posições de Elenin. Créditos: Gustavo Muller/Observatório de Nazaret/Leonid Elenin/Apolo11.com.
Fonte: Apolo11 - http://www.apolo11.com/cometa_73p.php?titulo=Astronomia_Saiba_tudo_sobre_a_aproximacao_do_cometa_Elenin&posic=dat_20110523-095359.inc

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Destaques da passagem do cometa Elenin | |
Quando ver | A partir de 20 de julho, depois do pôr-do-Sol. Neste dia o cometa atingirá magnitude 9.9 e poderá ser visto por lunetas de pequeno porte. Após setembro será possível vê-lo desde a madrugada até o nascer do Sol com magnitude teórica de 4.6. |
Até quando? | Até Novembro. Depois disso o cometa nascerá com o Sol já alto na maior parte do país, ofuscando a observação. |
Núcleo | 3.5 km de diâmetro |
Coma | 80 mil km de diâmetro |
Velocidade | 86000 km/h. Relativa ao dia da máxima aproximação |
10 de setembro | Periélio (menor distância do Sol): 71 milhões de quilômetros |
12 a 15 de setembro | Cometa visível nas imagens Lasco do satélite Soho |
26 de setembro | Mínimo ângulo com o Sol: 1.9 grau de separação |
8 de outubro | Conjunção com Cometa 45P/Honda-Mrkos-Pajdušáková |
15 de Outubro | Conjunção com Marte |
16 de outubro | Perigeu: máxima aproximação coma Terra a 34.9 milhões km |
22 de Novembro | Oposição a 175 graus do Sol |
Para onde olhar | Clique aqui e faça simulações para diversas datas e horários |
Devido à enorme distância, não existe qualquer possibilidade de risco de colisão. Além disso, por ser um objeto de pequena massa, Elenin não provocará qualquer efeito gravitacional nos objetos do Sistema Solar.

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Inicialmente, os pesquisadores estimavam que seu brilho máximo chegaria a 4.5 magnitudes, o que permitiria que fosse visto facilmente durante as madrugadas. No entanto, estimativas recentes mostram que o cometa não será tão brilhante como calculado e somente poderá ser visto com auxílio de lunetas e telescópios, mesmo de pequeno porte.
É importante lembrar que os cometas são muito imprevisíveis e podem apresentar comportamentos bastante bizarros à medida que se aproximam do Sol. Entre os fenômenos já observados está o outburst, quando repentinamente se rompem e produzem inúmeros fragmentos brilhantes. Além disso, devido à pressão do vento solar a cauda cometária também pode variar muito de tamanho.
Observando
Para observar o cometa Elenin, tudo que você precisará será de um pequeno binóculo ou telescópio, além de um campo de visão desobstruído na direção do quadrante oeste, ou seja, do lado que o Sol se põe. Como explicado, a partir de julho o cometa já poderá ser visto ainda que com pouco brilho, que aumentará lentamente até setembro.
Ilustrações: No topo, imagem do cometa C/2010 X1 Elenin registrada em 8 de abril de 2011 pelo astrônomo amador Gustavo Muller, a partir do Observatório de Nazaret, nas Ilhas Canárias. No momento da image Elenin se encontrava a 280 milhões de km de distância e apresentava brilho de magnitude 13.8. No detalhe da foto vemos o cálculo da extensão do cometa, de 27.4 arco-segundos. Na sequência, diagrama da órbita cometária mostrando as diversas posições de Elenin. Créditos: Gustavo Muller/Observatório de Nazaret/Leonid Elenin/Apolo11.com.
Sobre Aquecimento Global! Enxofre na atmosfera não é tão eficaz quanto se imagina!
Em um polêmico trabalho científico publicado em agosto de 2006, o Prêmio Nobel de química, Paul Crutzen, propôs um método artificial de resfriar o clima do planeta, lançando na alta atmosfera partículas de enxofre. A ideia é fazer com que reação química ocorrida a 20 km de altitude forme uma espessa camada de neblina, que reflete a luz solar e diminui o aquecimento da superfície da Terra.

A proposta partiu após a gigantesca erupção do vulcão Pinatubo, em junho de 1991, que lançou na atmosfera uma enorme quantidade de enxofre. As partículas formaram uma camada de neblina rica em ácido sulfúrico que cobriu quase todo o planeta. As gotículas dessa névoa agiram como um grande refletor dos raios solares e as temperaturas globais baixaram cerca de 0.5 °C nos meses seguintes.
No entanto, uma descoberta feita pela sonda europeia Venus Express mostra que essa técnica pode não ser tão eficaz como parece. De acordo com pesquisadores da Agência Espacial Europeia, ESA, os sensores da sonda detectaram a presença de uma camada de dióxido de enxofre nas altas regiões da atmosfera de Vênus e que segundo o conhecimento atual, não deveria estar lá.
Vênus é um planeta repleto de vulcões em atividade, que lançam na atmosfera milhões de toneladas de dióxido de enxofre. Entre 50 e 70 km de altitude esse material se combina com vapor de água e se transforma em ácido sulfúrico, criando uma espessa névoa que impede a observação direta da superfície. Segundo o modelo atual, todo o dióxido de enxofre restante deveria ser destruído pela radiação solar acima dos 70 km.

A detecção dessa camada ácida a uma altitude de 90 km a 110 km foi encarada inicialmente como um mistério pelos pesquisadores, mas as simulações realizadas em supercomputadores mostraram que as gotículas de ácido também podem evaporar nessas altitudes, liberando o ácido em estado gasoso. Esse ácido é então quebrado pela luz do Sol, liberando o dióxido de enxofre.
No entender de Hakan Svedhem, cientista-chefe do projeto Venus Express, as novas descobertas mostram que o ciclo do enxofre na atmosfera é ainda mais complexo do que se acreditava.
"Essa nova compreensão é um alerta e mostra que a técnica do bombardeamento da atmosfera com enxofre pode não ser tão eficaz quanto imaginávamos", disse Svedhem. "O enxofre não é completamente transformado na atmosfera como pensávamos", completou o pesquisador.
Fotos: No topo, erupção do monte Pinatubo, em junho de 1991. A erupção lançou na atmosfera mais aerossóis do que todas as erupções desde o Kracatoa em 1883. Na sequência, concepção artística mostra a sonda europeia Venus Express, em órbita do Planeta Vênus. Créditos: Wikimedia Commons / ESA / Apolo11.com.
Fonte: Apolo11 - http://www.apolo11.com.mudancas_climaticas.php?posic=dat_20101201-110815.inc

No entanto, uma descoberta feita pela sonda europeia Venus Express mostra que essa técnica pode não ser tão eficaz como parece. De acordo com pesquisadores da Agência Espacial Europeia, ESA, os sensores da sonda detectaram a presença de uma camada de dióxido de enxofre nas altas regiões da atmosfera de Vênus e que segundo o conhecimento atual, não deveria estar lá.
Vênus é um planeta repleto de vulcões em atividade, que lançam na atmosfera milhões de toneladas de dióxido de enxofre. Entre 50 e 70 km de altitude esse material se combina com vapor de água e se transforma em ácido sulfúrico, criando uma espessa névoa que impede a observação direta da superfície. Segundo o modelo atual, todo o dióxido de enxofre restante deveria ser destruído pela radiação solar acima dos 70 km.

No entender de Hakan Svedhem, cientista-chefe do projeto Venus Express, as novas descobertas mostram que o ciclo do enxofre na atmosfera é ainda mais complexo do que se acreditava.
"Essa nova compreensão é um alerta e mostra que a técnica do bombardeamento da atmosfera com enxofre pode não ser tão eficaz quanto imaginávamos", disse Svedhem. "O enxofre não é completamente transformado na atmosfera como pensávamos", completou o pesquisador.
Fotos: No topo, erupção do monte Pinatubo, em junho de 1991. A erupção lançou na atmosfera mais aerossóis do que todas as erupções desde o Kracatoa em 1883. Na sequência, concepção artística mostra a sonda europeia Venus Express, em órbita do Planeta Vênus. Créditos: Wikimedia Commons / ESA / Apolo11.com.
Fonte: Apolo11 - http://www.apolo11.com.mudancas_climaticas.php?posic=dat_20101201-110815.inc
quarta-feira, 8 de junho de 2011
2012! Mito ou Realidade
Eu acho que a maioria de vocês já ouviram falar de 21 de dezembro de 2012, a tão esperada profecia Maia. Mas na realidade podemos dizer que isso é verdade e ao mesmo tempo mentira...
Muitos acreditam que o calendário Maia não terminou, e que está desaparecido ou os Maias ficaram com preguiça de escrever seus calendarios, com longa medida denominada baktuns...
Mas outros acreditam que é o Fim do Calendário, e fim desse Ciclo de Vida (humana e terrestre) e acham que por alguns anos ira se formar outro Ciclo de Vida.
Outros acreditam que um meteoro irá atingir a Terra...
Eu não posso comprovar isto so que cientistas acreditam que o Aphofis poderá chegar bem perto da Terra, com uma aproximação máxima em 2036 as chances de inpacto são de 1 em 250 mil
Atenciosamente Obrigado!
Muitos acreditam que o calendário Maia não terminou, e que está desaparecido ou os Maias ficaram com preguiça de escrever seus calendarios, com longa medida denominada baktuns...
Mas outros acreditam que é o Fim do Calendário, e fim desse Ciclo de Vida (humana e terrestre) e acham que por alguns anos ira se formar outro Ciclo de Vida.
Outros acreditam que um meteoro irá atingir a Terra...
Eu não posso comprovar isto so que cientistas acreditam que o Aphofis poderá chegar bem perto da Terra, com uma aproximação máxima em 2036 as chances de inpacto são de 1 em 250 mil
Atenciosamente Obrigado!
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